quarta-feira, 21 de setembro de 2022

O capacete tem data de validade? Se estiver vencido, posso ser penalizado por uma multa?


 


Foto: Reprodução


Andar sem capacete é uma das irregularidades mais graves que podem suspender a licença dos motociclistas ao mesmo tempo. Além da multa salgada de R$ 293,47 em Brasília, o motociclista terá que reiniciar o processo de habilitação da autoescola, prejudicando ainda mais o bolso.


Alguns especialistas dizem que o capacete é o para-choques do motociclista. Segundo estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018, o uso correto do capacete reduz em 40% o risco de morte e em até 70% das chances de lesões graves na cabeça.


E o que poderia ser esse uso correto? O capacete tem data de validade? O que a lei brasileira diz sobre isso e quais são os padrões de fábrica? A Autoesporte consultou desenvolvedores e revendedores de capacetes para resolver essas dúvidas.


Validade

Não há prazo de validade para o uso do capacete, pois é considerado produtos não perecíveis. No entanto, lojas e desenvolvedores sugerem a substituição do item após cinco anos de uso se ele não sofrer defeitos.


Dependendo do tempo que o capacete é feito, a espuma interna pode perder sua capacidade de absorção e deixar o ciclista mais suscetível a lesões na cabeça. Os fabricantes também recomendam o descarte imediato do capacete após acidentes.


A regra de cinco anos não é legal, mas uma diretiva dos fabricantes. A loja online Motosprint também revelou à nossa reportagem que o capacete importado leva cerca de um ano para chegar ao Brasil – por isso o prazo de validade recomendado cai para quatro anos.


Quando o capacete está solto na cabeça de um motociclista, geralmente por corrosão natural da espuma, os fabricantes recomendam substituí-lo. Isso depende muito da frequência de uso e da quantidade de capacetes de uma pessoa. O capacete Motoboy que funciona oito horas por dia, nos cinco dias da semana, tem menos validade em relação ao usuário médio que só gosta de andar de moto nos finais de semana.


A polícia pode encrencar?


A lei brasileira considera que o ato de andar com capacete pisoteia em condição insuficiente com o mesmo peso do passeio sem o dispositivo de proteção – ou seja, multa de 293,47 reais e suspensão imediata da CNH. Durante a inspeção, o policial não possui os meios técnicos necessários para verificar a eficácia da espuma interna, mas se o motociclista gira com o capacete está claramente danificado, com rachaduras ou peças faltando, cobra por ela.


Um artigo publicado pelo Viva Inquérito em 2017 concluiu que Rio de Janeiro, Macio e Belém são as capitais com menos motociclistas correndo de capacete. As capitais com maior número de usuários de equipamentos são Cuiabá, Campo Grande e Curitiba.


Este mesmo artigo indica que 46,2% dos acidentes com motociclistas feridos ocorrem nas extremidades inferiores. Em seguida, aparecem os membros superiores, que correspondem a 24,2% das pragas, e a cabeça, com 11,9% de trauma. Também é comum que vários órgãos sejam feridos ao mesmo tempo durante um acidente de moto. Veja a tabela abaixo:


Dados monitorados pela empresa de pesquisa FIFA indicam que 76% dos motociclistas que foram levados ao hospital após acidentes em capitais brasileiras tiveram alta hospitalar, enquanto outros 24% morreram.

Com informações do site: Rede Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário